Grateful.

Há dias que são chatos, em que estamos cansados, em que gostaríamos de ter feito outras coisas, dias que demoram a passar, dias que não necessariamente dias que guardaremos no baú de dias a recordar.
Há dias que são de muito esforço para um objectivo mais longínquo  mas que no dia actual não nos trazem grande coisa. Vivemos esse dia exactamente para atingir um objectivo mais afastado.
Nesses dias, eu reclamo muito. Sou uma reclamona por natureza. Tenho o meu reclamar sarcástico, que às vezes até tem piada. Tenho o meu reclamar que moí e é chatinho. Tenho o meu reclamar que conta uma história de vida. Mas também sei quando devo parar de reclamar. É quando páro e penso que não devia estar a reclamar por coisa nenhuma. Discursos moralistas à parte, que já devo estar grata por ter saúdinha, família, estudos que quero (que devo, e estou!), ultimamente páro muito e penso, na sorte que tenho tido.
Ter vindo para aqui a ver a sorte em muitos ambitos. A sorte de ter vindo para aqui. Ter aprendido aqui. As portas que já me abriu. Mas dada a aproximação, agora a minha sorte, eu leio-a noutros sentidos. A nossa sorte que está para chegar. O nosso tempo está a chegar. Sem pressões, sem ultra-mega-expectativas (que além de reclamona, sou uma dreamer, que às vezes faz castelos no ar a mais), sei que vão ser tempos simplesmente maravilhosos. E, só por esses tempos que ainda nem chegaram, já estou mais do que agradecida. Só por saber que os vou ter. Só por saber que da próxima vez que te vir, vai ser para ter ver todos, todos os dias. E, então, deixo de reclamar, sorrio e o meu dia enche-se de sol outra vez.
Pela sorte que tive em conseguir. Pela sorte que tenho. Por te ter comigo. Por te ir ter comigo. Por termos a oportunidade de irmos viver tempos maravilhosos. I'm Grateful. Muito, muito, muito grateful.